As Camas de Pregos e o Sono das Crianças

O bebé é propenso a despertares nocturnos no fim de cada um dos seus ciclos de sono, que duram cerca de 45 minutos, enquanto os do adulto duram o dobro. É  como se a criança tivesse o sono mais leve. Para diminuir as hipóteses de ocorrência de um acordar intempestivo, convém que veja imagens reconfortantes e familiares logo ao pestanejar, aumentando assim a probabilidade de voltar a adormecer facilmente. O peluche e o quadro ou o desenho são muito importantes, porque a ajudam a perceber que o seu mundo não desabou e que está tudo conforme seria suposto.

Por todos os motivos enunciados anteriormente e mais alguns, embalar o bebé ao colo, agarrado à mama, ou na cadeira-auto de uma viatura em andamento, pode dar mau resultado. Se, por absurdo, adormecermos no nosso leito e acordarmos numa cama de pregos, provavelmente ficaremos assustados. Caso o leitor trabalhe como faquir, dirá que estou armado em mariquinhas, porque as camas de pregos até são um sitio bem fofinho para a soneca. Mas, querido faquir, desafio-o a imaginar que fecha os olhos nos seus aposentos, na sua confortável cama de pregos, e que os abre no interior de uma sala de operações ou na cela de uma prisão do Estado Islâmico! Talvez não ache muita piada, certo?

É mais ou menos isso que acontece ao menino quando adormece ao meu colo e desperta no berço, ou quando adormece agarrado à mama e acorda sem mama na boca. Eu também ficaria irritado se adormecesse a fazer conchinha com a Susana e acordasse, de madrugada, agarrado às almofadas, ou ao meu primo, que é um gajo peludo como o raio!

Eis mais um excerto do livro O Meu Filho Não Dorme. Aproveite a dica, para aumentar a probabilidade do seu filho passar noites descansadas.

Publicado por

Luís Maia

Luís Maia nasceu a 15 de Outubro de 1976, na Póvoa de Varzim. Licenciou-se em Comunicação Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Em 1999 trocou um emprego em part-time, num call center, por um estágio remunerado somente com senhas de refeição, na redação da TVI. Iniciou aí uma carreira de repórter que o levou a produtoras como a Duvideo, Teresa Guilherme Produções e Comunicassom, para além do jornal 24 Horas e de estações como a TVI e a SIC. Entre 2008 e 2009 viveu em Angola, onde coordenou o entretenimento do primeiro canal privado daquele país, a TV Zimbo. Actualmente trabalha para a FremantleMedia, fazendo reportagens em directo no segmento de actualidade criminal, do programa Queridas Manhãs da SIC. É baterista reformado, ex-futuro jogador de poker. Mas é, sobretudo, marido, pai e, segundo consta, bom chefe de família.

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