Em primeiro lugar, esclareço que os pincéis não são meus.
Se fossem, provavelmente já seria um dos melhores pintores do mundo, de tanto treino que daria aos dedos na missão de os estrear a todos. Só para princípio de conversa, teria de pintar umas boas dezenas de telas para dar uso à totalidade do material, sem deixar nada por usar.
Aos pincéis juntam-se bisnagas (que devem ter outro nome técnico) contendo uma mistela que podia ser guache mas que afinal é base, ou coisa que o valha. Depois há o pó, as rodelas desmaquilhantes (que também devem ter outro nome técnico), os batons, as escovas, as sombras, os eyeliners, o gloss… Ufa!
A minha ideia inicial para esta foto era esconder-me atrás da maquilhagem e fazer uma espécie de “onde está o Wally?”. Mas depois tive medo de me baixar mais para a pose, com medo de ficar soterrado pela maquilhagem, caso aquele material caísse mesa abaixo. Não é que receasse um terramoto capaz de pôr os pincéis a voar pela sala, mas o Afonso podia entrar por ali adentro, montado na sua moto, dar uma bordoada na mesa, espalhando, assim, espalhar a cangalhada toda. Caso aquilo me acertasse em cheio, ainda arriscava partir a cabeça…
Pronto! Tenho dito! No inicio de 2019, a minha mulher vai tirar o curso de maquilhadora profissional (esta parte é a sério) e já está a preparar-se!
Agora vou arrumar isto tudo onde estava, antes que ela apareça e me dê uma coça…