Quem tem estes dois artolas, tem tudo! É impossível imaginar a minha vida sem eles. Acho que não conseguia sobreviver sem os abracinhos e o sorriso do Afonso, nem sem as conversas filosóficas e as piadas secas da Lia.
Educar duas crianças é um desafio. E é um teste constante à resiliência de um pai. Quantas vezes duvidamos estar a fazer o que é certo? Quantas vezes hesitamos relativamente à validade do caminho que os ajudamos a trilhar? Algumas. Falo por mim, é claro, mas creio que a questão é transversal à generalidade dos progenitores. Às vezes custa dizer que não aos putos. Às vezes custa ter pulso firme, em vez de ceder. Mas se estamos convictos que é por ali que devemos ir, não podemos abdicar.
A educação de uma criança é algo muito mais sério do que uma decisão isolada num momento. É muito mais do que ver um menino feliz, só porque sim. Educar uma criança é um compromisso para a vida. É tentar ajudá-las a ser pessoas com recursos para resolver os seus problemas. E, pelo meio, enquanto se palmilha essa estrada, brincar com elas, fazê-las sorrir, plantar as sementes de um futuro no qual possam recordar-se de uma infância feliz.

Não sou adepto de uma educação austera, na qual é impossível fugir ao espartilho das regras, até porque esse modelo costuma gerar pessoas frustradas e infelizes. Mas também não sou adepto de uma educação facilitista, apologista de fazer tudo o que os bebés querem só para não os contrariar, uma vez que esse modelo costuma gerar pessoas imaturas e inconsequentes. Sou adepto do equilíbrio, esse sim, capaz de guiar seres humanos pela rota da felicidade.
O mundo não é só preto ou branco. Nem sequer é cinzento. Está repleto de cores, desde que as queiramos ver, desde que tenhamos abertura para ceder aqui e aguentar firme acolá.
Obrigado meninos, por me oferecerem tantas experiências e tão valiosos ensinamentos!