Assalto à cozinha da Cristina

Tínhamos acabado de debater assuntos sérios, pesados. Tínhamos acabado de colocar questões incómodas, de expor a crua realidade. Eu, o Hernâni Carvalho, o António Teixeira e a Cristina, claro está. Mas depois chegou o momento de aliviar a tensão. Tudo à custa de umas pernas de rã…

O António Teixeira, que já não estava muito receptivo às pernas de rã, ficou ainda mais assustado quando o Hernâni lhe sugeriu que estaria a comer pernas de sapo…

O ex-inspector da PJ lá acabou por dizer que a iguaria sabia a frango, mas não parecia muito convencido. De risada em risada, a história acabou bem, até porque decidi assaltar a cozinha da patroa e levar dali a travessa da comida.

Quanto às perninhas, essas, não estavam nada más!

Na Frente!

O meu padrinho costumava dizer que até ao lavar dos cestos ainda é vindima. E é bem verdade. A semana que terminou mostra que não há vencedores antecipados. E que nenhum líder pode descansar à sombra do êxito.

SIC e Sport Lisboa e Benfica fizeram aquilo que, há dois ou três meses, muitos diriam ser impossível. Os encarnados estavam sete pontos atrás do FC Porto, mas agora estão dois à frente, concretizando a reviravolta, com grande estrondo, no estádio do rival. A estação de Carnaxide voltou a liderar as audiências televisivas, depois de 12 anos consecutivos atrás da TVI.

No Benfica, a liderança deve-se sobretudo ao novo treinador, Bruno Lage. Na SIC, ao novo director de programas, Daniel Oliveira e à nova estrela, Cristina Ferreira. São os rostos visíveis de um êxito que é construído por todos. E são o exemplo de que, com muito trabalho, tudo ou quase tudo se consegue, até aquilo que poderia parecer inatingível.

O Programa da Cristina (Esta Casa Também é Minha)

Os arranques de programas de televisão são momentos, simultaneamente, de tensão e de prazer. Implicam estimulantes debates de ideias, noites quase sem dormir, muito stress e correria. É como dar à luz, só que em vez de um bebé, o que vem ao mundo é uma ideia, um conceito.

O dia do parto é de dor e de recompensa. Mas depois de o ver nascer (ao conceito), temos de ser capazes de o amar, cuidar dele, dar-lhe educação e sustentá-lo. Essa é a missão que se segue, por muitos anos, esperamos nós, se Deus e os espectadores quiserem.

Hoje, demos à luz aqui na SIC. A sinergia criada pelo reencontro com antigos colegas e o entrosamento com outros que não conhecia, fez com que o parto corresse bem. Já não trabalhava com a Cristina há oito anos, mas depois desta estreia acho que vamos andar por aqui, juntos, durante muitos anos.

Eu Gosto do Natal

É uma época exageradamente consumista? Sim. É uma época em que muitas famílias se juntam quase por obrigação? Provavelmente. Mas é também a época em que, quase por decreto, há um pretexto para estar com aqueles de quem gostamos e com quem muitas vezes não temos oportunidade de privar ao longo do ano. E se, por vezes, a vida parece correr mais depressa do que nós, surripiando-nos o tempo que devíamos dedicar às pessoas e às coisas verdadeiramente importantes, então que haja um dia que seja, no qual não se aceitem desculpas para haver pressas ou ausências.

Não costumo estar muitas vezes com a minha família, mas prezo muito a família que tenho. No Natal, geralmente, tenho oportunidade de estar com eles. E agora somo a esse agregado, a família que eu próprio criei. Gosto do Natal por tudo isto.

Gosto do Natal porque ingerimos quantidades industriais de colesterol sem nos preocuparmos com as doenças cardiovasculares. É só por um dia. Ou dois.

Gosto do Natal por ver a felicidade das crianças a abrirem os presentes. É consumismo puro, mas também é só por uma noite. Durante o resto do ano não entupimos os miúdos de bugigangas nem de materialismo, que tanto os poderia desviar daquilo que é verdadeiramente importante na vida.

Gosto do Natal porque nesta altura sucedem coisas que parecem inalcançáveis no resto do ano. E a maioria delas são boas, mesmo aquelas que noutras épocas não o parecem.

No Casino às 3 da Tarde

Há (muita) gente que faz fila à porta do Casino Estoril, antes das 3 da tarde. A essa hora abre a sala das máquinas, onde dezenas de homens e mulheres se permitem sonhar com um jackpot, com uma fezada, com uma jornada de glória que possa ser contada às gerações vindouras e que sirva de justificação para as próximas investidas no jogo. 

As slot machines dão um prémio chorudo de tempos a tempos. E os jogadores habituais sabem (ou julgam que sabem) se falta muito ou pouco para a Hora H. Daí a necessidade de guardarem a vez desde o primeiro minuto, não vá alguém tomar o lugar deles.

Domingo, também estive à porta do casino às 3 da tarde. Mas não fui jogar. Fui com a Susana e com os miúdos ver o musical Madagascar, produzido pela Yellow Star Company. Os putos adoraram. E os papás também.

@elcorteinglespt

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A Caminho da Próxima Concentração

Nunca fui rapaz de gostar de motos. Nem naquela fase da adolescência em que ter uma moto significava impressionar as miúdas, à porta da escola. O máximo que fiz num veiculo motorizado de duas rodas, foram uns 50 metros, numa scooter. Ainda hoje a minha mãe agradece-me por isso.

Para os carros, sempre olhei com olhos diferentes. Adoro as quatro rodas e tempos houve em que os meus carros pareciam ter apenas um pedal, o do acelerador. Hoje conduzo seguro e devagar. Ou relativamente devagar… Faço-o por mim, pela família e porque a estrada não é (a bem de todos) uma pista de fórmula 1.

O Afonso adora carros, mas tem um gostinho especial por motos. Brilham-lhe os olhos quando se depara com uma. Por vontade dele, punha-se já a caminho da próxima concentração motard. E eu, com o coração de pai apertado…

Descubra as Diferenças

Há pais que gostam de vestir os filhos de igual. Se forem gémeos, então é certinho, direitinho. Antes de conhecer o advento da paternidade, achava isso patético. Mas a verdade é que as nossas experiências moldam a percepção que temos das coisas. Hoje, sou eu quem patrocina passeios em família com estes trajes. Parecemos gémeos falsos com 37 anos de diferença. Piroso? Não. Mas rima. Maravilhoso!

E Agora Sem Cabelo Espetado…

A primeira vez que saí de um cabeleireiro com o cabelo espetado, devia ter uns 13 ou 14 anos. Naquela noite fui ver um jogo entre Benfica e Marselha, a contar para uma meia-final da Taça dos Campeões Europeus. E, antes disso fui pôr um ar rebelde. O Benfica acabaria por ganhar 1-0, qualificando-se para a final da competição. O golo, marcado com a mão, pelo angolano Vata, entrou para a história do clube.

Naquela noite assisti a um momento único e deixei de ter cabelo à puto. Entrei na galeria dos gajos com visual arrojado, que podiam impressionar as miúdas lá da escola. Os anos passaram, a adolescência também e, durante esse tempo, dei ao meu cabelo os mais diversos formatos. Curto. Comprido. Tosco (independentemente do tamanho). Voltei ao look espetado já com uns 24 ou 25 anos. E ficou até hoje. Ou melhor, até à semana passada…

Que tal o novo formato?

Qual vinho do Porto…

Nos dias que correm parece que andamos todos a tentar retardar os efeitos do tempo. Queremos ser jovens para sempre, ou pelo menos parecer jovens para sempre. Mas não será isso paradoxal, quando a idade nos torna, geralmente, mais interessantes?

Quando conheci a Susana ela ainda não tinha entrado nos 30. Eu já ia a meio caminho dos 40. Quando lhe dizia que os melhores anos ainda estavam para vir, ela ria-se e achava que eu não sabia o que estava a dizer. Que já devia ser da idade…

Entretanto passaram sete anos e ela é hoje uma mulher mais madura, mais serena, mais sensata, mais dedicada e muito mais bonita. Qual vinho do Porto…

Se quiserem, podem dar-lhe os parabéns, porque ela faz hoje trinta e… ups, não se pode dizer a idade de uma senhora…