Andava na faculdade quando fui à minha primeira festa de Halloween. Na altura, a maioria dos meus amigos perguntou-me se essas festas não se realizavam apenas nos Estados Unidos. Outros acharam simplesmente que se tratava de uma excentricidade e que no ano seguinte já havia de me ter passado a maluqueira. A verdade é que o Halloween pegou de estaca. E agora são os meus filhos que contam os dias para se poderem mascarar, assustar os coleguinhas da escola com os seus disfarces tenebrosos e pedir doces à porta dos vizinhos.
“Papá, eu sou o Palhaço Mau”, dizia o Afonso todo contente, enquanto tentava fazer sons assustadores com a sua vozinha doce, por detrás daquela máscara. A Lia explicava de forma sucinta que era uma “Gaja Morta” ou uma “Miúda Zombie”. Enquanto isso dividiam irmamente os lucros da colecta do “doce ou travessura”…