Depois de uma semana a chegar a casa ou ao quarto de hotel a cheirar a fumo, depois de uma semana a tomar banho ao fim do dia e a continuar a cheirar a fumo, finalmente, Monchique, Silves e Portimão, estão em paz.
As situações limite, acarretam sempre uma grande dose de adrenalina para quem está em reportagem. Na cobertura noticiosa do inferno das chamas, o calor, o fumo, a cinza e o perigo são os adereços do teatro de operações. E, muitas vezes, não há como lhes fugir.
Ontem troquei o improviso da rua, pelo conforto do estúdio. Ao fim de uma semana na guerra, não posso dizer que não sabe bem. O reverso da medalha é que quando chego a casa a cheirar a churrasco, a primeira frase que sai da boca da minha mulher é um “despe-te já”! Também não posso dizer que não gosto…
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Publicado por
Luís Maia
Luís Maia nasceu a 15 de Outubro de 1976, na Póvoa de Varzim. Licenciou-se em Comunicação Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Em 1999 trocou um emprego em part-time, num call center, por um estágio remunerado somente com senhas de refeição, na redação da TVI. Iniciou aí uma carreira de repórter que o levou a produtoras como a Duvideo, Teresa Guilherme Produções e Comunicassom, para além do jornal 24 Horas e de estações como a TVI e a SIC. Entre 2008 e 2009 viveu em Angola, onde coordenou o entretenimento do primeiro canal privado daquele país, a TV Zimbo. Actualmente trabalha para a FremantleMedia, fazendo reportagens em directo no segmento de actualidade criminal, do programa Queridas Manhãs da SIC. É baterista reformado, ex-futuro jogador de poker. Mas é, sobretudo, marido, pai e, segundo consta, bom chefe de família.
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